Pequeno obituário cultural caxiense da pandemia (2020/2021)
Esses últimos dois anos, período histórico da pandemia de covid-19, foram devastadores para o país e particularmente cruéis com a Arte e Cultura de Duque de Caxias. Mesmo que algumas morte não estejam ligadas diretamente à doença, olhando as perdas que tivemos percebe-se que foram marcantes para o segmento na cidade. Muita gente muito boa se foi, infelizmente :'(
Listamos aqui alguns desses nomes, reverenciando suas memórias e seus legados, com respeito e admiração.
Messias Neiva – artista plástico e escritor, expôs suas obras em vários lugares do mundo, como Japão, França e Estados Unidos. Pertencia aos quadros da ADLA, Associação de Letras e Artes de Duque de Caxias. Nos últimos anos vivia em Conceição de Jacareí, Mangaratiba.
Paullo Ramos – artista plástico, professor de artes e um dos maiores batalhadores pela Arte e pela Cultura que a Baixada Fluminense já teve. Foi principalmente articulador do Projeto Pegasus, do Contato Musical e da Galeria Arte e Fato, entre outras várias coisas. Ultimamente se dedicava também ao trabalho de Arte com crianças autistas.
Índio Kanto de Bamba (Elson Rodrigues) – cantor e instrumentista, um dos grandes mestres das rodas de samba de Caxias.
Dinorá da Bahia – cantora, baluarte da Acadêmicos do Grande Rio e figura muito querida na cidade.
Jamaica Neiva – exímio pintor, era artista plástico versátil, trabalhando com vários materiais e, além de pintar quadros, atuava também com cenografia. É conhecido também pela autoria, junto com Ni Nascimento e Maurício Menezes, do busto em bronze em homenagem a Zumbi dos Palmares, inaugurado em 1988, no calçadão do centro e que hoje está em exposição permanente no Instituto Histórico.
Neco Ribeiro – pintor expressionista de grande sucesso nos anos 70 e 80.
Carlos Mutalla – bailarino, coreógrafo, animador cultural, ator, produtor, uma das principais referências da Dança na Baixada Fluminense.
Stélio Lacerda – professor de História, pesquisador e escritor. Autor de dezenas de livros, foi Secretário de Cultura de Duque Caxias e grande batalhador pela Cultura na cidade.
Bah (Antonio Franco) – instrumentista de percussão completo, era profundo conhecedor do universo do samba nos subúrbios do Rio de Janeiro, principalmente Caxias, onde tocava em diversos pagodes da cidade.
Rogério Torres – professor, historiador e escritor, um guardião de vários registros culturais, sociais e políticos de Duque de Caxias. Publicou vários livros e artigos sobre a história de Caxias, se tornando uma referência obrigatória.
Dailton – sambista, baluarte e presidente da Velha Guarda da Acadêmicos do Grande Rio, um dos últimos conhecedores vivos da história do Carnaval da cidade.
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