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ROGÉRIO TORRES DA CUNHA

Licenciado em Pedagogia pelo Instituto de Educação Governador Roberto Silveira e em História pela Sociedade Universitária Augusto Mota. Professor das redes públicas estadual do Rio de Janeiro e municipal de Duque de Caxias. Colunista da revista “Caxias Magazine”. Membro do Conselho Editorial e colaborador da Revista Pilares da História. Sócio fundador e benemérito da Associação dos Amigos do Instituto Histórico.

✨ 15/06/1942 – 07/10/2021✨

Rogério Torres da Cunha por ele mesmo, em exposição no Instituto Histórico, no ano de 2004:

ROGÉRIO TORRES

“Nasceu no Engenho de Dentro (antigo Distrito Federal), no dia 15 de junho de 1942. Com pouco mais de dez anos de idade, veio com seus pais, Etienne Xavier da Cunha e Cléia Maria Torres das Cunha, morar em São Bento.

A presença da família em Duque Caxias se deveu aos compromissos profissionais do pai, técnico em eletrônica do Departamento de Correios e Telégrafos. “Seu” Etienne estava sendo transferido para a Estação Rádio- receptora de São Bento, iria assumir as funções de chefe da manutenção dos equipamentos daquela repartição. Durante pouco mais de um ano, a família ali permaneceu, gozando as delícias daquele paraíso onde o verde se impunha e os pássaros, as árvores frutíferas e os banhos no rio Iguaçu faziam a alegria do garoto. Mas se a vida rural apresentava um lado ameno, por outro, criava algumas dificuldades para aquela pequena família. Ali faltavam escolas, a condução era precária e o comércio praticamente inexistia. Esses contratempos fizeram com que “seu” Etienne escolhesse o centro de Duque de Caxias para montar nova residência.

Agora passavam a morar no moderno Edifício 25 de Agosto, na Plínio Casado, bem em frente à estação ferroviária, próximo do comércio, dos cinemas e do Colégio Duque de Caxias, onde Rogério cursava o ginasial. O ambiente urbano sugeria ao jovem novas motivações. Sendo assim, integra-se ao movimento estudantil, passando a fazer parte da Aliança Democrática Estudantil Caxiense. Na ADEC adquire nova consciência sobre um Brasil que naquele momento vivia a severa crise política do governo João Goulart.

Completando o ginásio, Rogério matricula-se no Colégio Cardeal Leme, onde pretendia cursar o científico. Um ano depois pede transferência para a Escola Técnica de Comércio Luso-Carioca. Terminando o curso de contabilidade, vai trabalhar como auxiliar de custo industrial na Sociedade Anônima Marvin, em Nova Iguaçu. Concomitantemente, faz o pré-vestibular no centro do Rio de Janeiro.

Em 1967 é aprovado no vestibular para o Curso de Formação de Professores para o Ensino Normal, sediado no Instituto de Educação Governador Roberto Silveira. Nessa instituição participou ativamente das atividades do Centro Acadêmico Euclides da Cunha. Em 1968 desliga-se da Sociedade Anônima Marvin e começa a dar aulas. Tempos depois, graduando-se em História pelas Faculdades Integradas Augusto Motta e aprovado em concurso, a partir de 1976, passou a lecionar no magistério público municipal (Rio de Janeiro e Duque de Caxias). Em 1985, mais uma vez presta concurso público para ingresso no magistério do Estado do Rio de Janeiro.

Paralelamente às suas atividades pedagógicas, Rogério Torres tem se dedicado às artes visuais, pintura, fotografia e cinema. Sua participação no I e no II Salão Duquecaxiense de Pintura (1968/1969), promovidos por Carlos Ramos, rendeu-lhe, respectivamente, medalhas de bronze e ouro. Na primeira metade da década de 1970, junto com Barboza Leite e Armando Valente, funda o Grupo Arco (Arte e Comunicação), entidade que passa a promover exposições fotográficas, exibições audiovisuais e de filmes.

Em 1979, lançou “Pequena História da Arte”. Em co-autoria com Barboza Leite, escreveu e ilustrou “Duque de Caxias Foto-Poética” (1980). É autor do livro “Barboza Leite, sua arte, sua vida”. Junto com Newton Menezes produziu, em 1987, “Sonegação, Fome e Saque”, obra que aborda o quebra-quebra que destruiu o comércio de Duque de Caxias em 1962. Ainda nos anos 1980, passa a colaborar na imprensa caxiense, sendo um dos fundadores da revista “Recado de Cultura”. Em 1996, lançou “Catavento”, livro de poemas. Atualmente, além do magistério, Rogério Torres escreve para a revista “Caxias Magazine” e desenvolve atividades ligadas à história da Baixada Fluminense.” (Agosto de 2004).”

Foto acervo pessoal. Segundo legenda em rede social, a foto é de quanto morava na Lapa

 

Foto still do filme 1962, o Ano do Saque, de Rodrigo Dutra e Victor Ferreira

heraldo hb

. Animador cultural, escritor e produtor audiovisual nascido no século XX. .

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1 thought on “Rogério Torres, por ele mesmo

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