Elvis Marlon

Alguns de vocês devem estar lembrados, que há dois ou três domingos eu postei aqui uma crônica com o título É o Som Baixadiano. Na ocasião, o enfoque era o EP Parcerias, do projeto Linguagens, produzido por Maria de Jesus Lima, sobre a obra literária de Vicente Portella. Pois bem, desta vez vou falar do cantor e compositor Elvis Marlon, que estreia o seu show Corda Bamba, na Lira de Ouro (Duque de Caxias), no próximo sábado (25). No show, o artista estará contando um resumo de suas histórias de vida e de música, ambas com origem na cidade pernambucana de Petrolina, há 36 anos, e que se estenderam pelas quebradas da Baixada Fluminense.
Vou começar dizendo que Elvis Marlon é um intérprete vigoroso, mesmo que este “vigor” não represente potência vocal, antes pelo contrário. O seu cantar é manso, leve, mas com tal força interpretativa que até nos faz lembrar Paulinho da Viola, embora ambos tenham timbres absolutamente distintos. Quanto à arte de compor, ele exerce com tal esmero que o fez figura cativa do Samba do Trabalhador e o tornou parceiro de Moacyr Luz, em Limpo e Leve. Algumas de suas composições já foram registradas por vozes consagradas do nosso cenário musical, a exemplo de Maria Rita (Correria, com Nego Álvaro) e Chico César e banda Pietá (Leve o que Quiser, com Rafael Lorga).
Corda Bamba é um show basicamente autoral. Ele assina – sozinho ou com parceiros – a quase totalidade das canções apresentadas. No entanto, alguns autores baixadianos são reverenciados, caso de Chiquinho Maciel (Vou Trabalhar, com Ramiro Lopes), Joaquim David, pai do artista (Orgulho Catingueiro), Ica (Embaixatriz), Heraldo HB (Projeto Essencial), Cantidio José (Quando eu Crescer, com Vicente Portella) e Hélio Cabral (Semente do Samba/Boêmio Fracassado), além deste velho repórter que lhes escreve – fizemos juntos o samba Lupicínica, inspirados em Vingança, de Lupicínio Rodrigues.
Nesse show, Elvis Marlon está muito bem assessorado por Ronaldo Linguinha (cavaquinho e direção musical), Beto Batuque e Willinho da Lira (percussão), com direção executiva de Kelly Cardozo, e mais: Rafael Lorga (direção artística), Clara de Deus (coordenação de produção), Tatch Pereira (cenário), Heraldo (comunicação), além de Vittória Braun e Alessandro Selano nas coordenações de operações e de comunicação, respectivamente.
Pra que ninguém se esqueça: O show Corda Bamba, com Elvis Marlon, será no próximo sábado, dia 25, às 19h, no Ponto de Cultura Lira de Ouro, à Rua José Veríssimo, 72 – Vila Meriti, Centro de Duque de Caxias. Nos veremos lá, com certeza.


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