Bar do Índio, Vila São José, Duque de Caxias
Dizem que o melhor lugar do mundo é aqui… e agora. Já os poetas medievais criaram um topos de nome, CARPE DIEM. Ou seja, viver o momento. Colher o dia.
Sendo assim, nos anos de 2000 a 2010 voltei a jogar bola num Peladão dos Amigos, de Ivan.
Jogamos no Mikita, na beira da linha e finalmente no Caldeirão do Azeitona, começo da Reta do Bicão, por mais de 10 anos. Ali, todo sábado a gente começava oito da manhã e ia até cair. Depois, nos arrastávamos até o BAR DO ÍNDIO, na rua 19, Vila São José. O Bar funcionava só nesse dia. Pra nós. E valia a pena pois de meio dia até às dez da noite, quando começava o Forró no Gramacho, a gente esvaziava a geladeira.
Lá, Heineken era para os fracos. Brahma para os fortes. No som… Jorge Aragão, Jovelina, Benito de Paula e o tecno brega JUMENTO DESEMBESTADO.
O Bar do Índio foi o mais internacional dos bares de Duque de Caxias. Por cinco anos recebemos turistas da Suécia e Dinamarca e França que jogavam bola aqui e depois… feijoada.
Aí o tal futuro, sem graça que só ele só, chegou e o Caldeirão do Azeitona foi vendido. O Bar do Índio fechou. Alguns amigos foram pra Portugal, outros, pra Japeri.
Sim… Colhemos o momento e fomos felizes.
Quanto à foto da crônica deixa ver os que lembro.
O de chapéu é Dudu, irmão de Nino “Sensação”. O de óculos escuro, lá no fundo, Geraldo Heleno, o Patrono.
Estou bem no centro, feito Cristo na última Ceia olhando os discípulos. Ao lado de Dudu, Beto. Atrás, de vermelho, Marquinhos e Zinho. Índio está em pé, ao fundo. Sem camisa nosso goleiro Djalma ” mão de quiabo”. Ao meu lado, de amarelo, não é o Judas Iscariote e sim, “El Manco” Coxinha que fazia o pivô para meus gols.
Sim, nós colhemos o dia.

(C.A)


Cláudio Aragão

Escritor com mais de 15 livros publicados

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