O Parque Natural Municipal da Taquara reabriu…
O Parque Natural Municipal da Taquara reabriu… E eu estou tentando até agora entender por que demorou tanto!
Primeiro que não aproveitaram esse período fechado para fazer qualquer melhoria. O estado de abandono só piorou. Quiosques fechados, depredados, o banheiro em ruínas, placas de sinalização apagadas ou inexistentes. Quando fui na Secretaria de Meio Ambiente buscar informações no início de junho, fui informado de que assim que as placas de sinalização encomendadas estivessem prontas e instaladas, o Parque reabriria. E assim foi feito, contudo os dois tipos de placas que vi foram apenas as de risco biológico e a de manter-se na trilha, colocadas, pelo menos por enquanto, entre o primeiro poço, atrás do quiosque, até o Poço da Baleia. Nem placas com o nome dos poços foram colocadas. O Parque de Nova Iguaçu, por exemplo, conta com uma sinalização excelente! Poderiam pegar o exemplo do município vizinho e aplicar, tiveram tempo pra isso.
Aliás, era tanta placa de risco biológico que parecia que a intenção era exatamente a de espantar visitantes. Até a placa de estacionamento de motos, que não podem mais ficar na entrada do Parque, foi sobreposta com uma placa dessas. O visitante já chega e dá de cara com um pedido para se manter longe. Mas como a sinalização vai até o Poço da Baleia, então depois dele não deve ter risco… (contém ironia). De qualquer forma, eu fui até o Poço da Serpente (nome sugestivo) e voltei, e coisa mais peçonhenta que encontrei foi uma lagarta morta.
As inúmeras placas alertando risco biológico não intimidaram a população, que estava com muita saudade do Parque, e eu pude constatar isso. Mesmo sendo dia de semana, a cachoeira foi enchendo bastante ao longo do dia, sobretudo na parte da tarde, quando o calor aumenta. Fiquei pensando o quanto essa área pública fez falta nesse período que estava fechado, já que a Coca-Cola fechou a represa assim que se instalou no bairro, e as outras opções, os sítios com piscina de água natural (que desvia água das cachoeiras), são pagos.
Contudo há alguns problemas, e o primeiro deles é a baixa vazão de água, dado o período seco. Mas nunca esteve tão seco. Foi impactante ver o primeiro poço com tão pouca água, de maneira que não estava caindo absolutamente nada pela cascata. Claro que não é só o período, já que a Cedae tem muita culpa disso, por captar água ali indevidamente.
O segundo é devido a retirada de pedras do fundo do rio, causando assoreamento. Algumas foram remanejadas pra formar barreiras e manter os poços com mais água. Mas a retirada de pedras já vem de um processo longo, de modo que o acúmulo de areia e lama no fundo da cachoeira faz com que a população, ao entrar, faça essa areia levantar e a água acaba ficando turva.
Também não encontrei nenhum guarda monitorando as trilhas, sendo que essa era uma promessa. Fui até o último poço e voltei, e nada.
Então, para quem ama esse pedacinho de paraíso de mata atlântica, a única cachoeira pública municipal de Caxias (Xerém pertence à Rebio Tinguá), é deprimente se deparar com essa realidade depois de tantos meses de parque fechado. O interesse econômico de alguns empresários não podem se sobrepor ao interesse coletivo com a preservação do meio ambiente e com o lazer. O PNMT é um patrimônio do município, e merece uma gestão competente que zele pela sua conservação.
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