Pitacolândia: gritos culturais em rede e as velhas estruturas…
No próximo dia 25 de março no Ponto de Cultura Lira de Ouro, no primeiro distrito, vai acontecer a edição caxiense do Festival Grito Rock, iniciativa que estará simultaneamente rolando em centenas de cidades brasileiras abrindo espaço para muitos artistas desse gênero.
O Grito Rock é uma das ações do movimento Fora do Eixo, que começou a seis anos em Cuiabá e hoje está espalhado por centenas de cidades brasileiras e do mundo, reunindo artistas, produtores culturais e profissionais em geral, que atuam em rede, construindo colaborativamente novas formas de se viver e curtir Arte e Cultura.
As ações do Fora do Eixo, além da cena musical, tem conseguido se emaranhar em áreas tão díspares como Economia Solidária, Educação e Cinema. Tem sido como uma espiral positiva que vem conectando a legião gigantesca de pessoas inconformadas com essa mentalidade tacanha do que é chamado genericamente de “mercado”, e com as toupeiras da política tradicional.
Incrível como em mundo com tantas possibilidades de transformação e crescimento existam tantas pessoas encasteladas em seus gabinetes, sem perceber que a mudança está lá fora, chamando para a briga, bastando para isso abrir os olhos e o coração. Isso sem falar nos burocratas que parecem se esmerar na arte de atrapalhar qualquer coisa que seja de natureza independente dos acordos políticos mesquinhos e vantagens pessoais.
Mas o que dá ânimo a movimentos como o Fora do Eixo é que as pessoas estão se encontrando, sejas nas redes sociais, seja nas esquinas do país, e estão com disposição de fazer barulho e de mostrar que há soluções baratas, eficientes e sustentáveis quando se olham os velhos problemas com boa vontade e verdade. Vale ficar atento.
O Pcult, Partido da Cultura, por exemplo, é um braço do movimento que tem pautado políticas públicas em várias cidades brasileiras, e tem crescido por uma lógica simples, que praticamente classifica a classe política: as toupeiras de sempre, as velhas raposas, e os que sentem que precisam estar ligados nesse novo mundo, se não perderão totalmente o espaço. Há também os políticos que dialogam com a sociedade e acompanham as ações desse tipo; mas esses infelizmente são em número muito pequeno… Quando se pensa em Baixada, Caxias, então…
Viva o rock!