O Casarão Beneditino, sede da fazenda São Bento do Iguassu, e em seu anexo a capela de Nossa Senhora do Rosário, cravado no empobrecido bairro do São Bento, resistem. Jóias raras da arquitetura colonia brasileira, formam um conjunto que é o único sobrevivente arquitetônico desse período na Baixada Fluminense. Esse rico complexo tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional que faz parte do roteiro do Museu Vivo do São Bento já dispõe de um projeto de restauro, fruto da soma de propostas penosamente construídas ao longo de décadas, aprovado pelo IPHAN e segundo constam já licitado. Então o que tem impedido esse projeto final de ser socializado a nós que aqui vivemos e que tanto lutamos por sua preservação? O que impedem as obras de iniciarem? O que impede que o restauro tenha início e seu uso social posterior, como Museu de Arte Sacra e Escola de Restauro, possa dinamizar culturalmente e economicamente a sofrida região? Talvez esperar que os prédios desabem?

Lembremos que os tempos são plurais e o tempo do Patrimônio não é o tempo da vida.


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