Um toque caxiense sobre o Dia Nacional da Cultura

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Hoje é o dia Nacional da Cultura e deixo umas palavrinhas rápidas, daqui da cidade de Duque de Caxias, de um fôlego só.

Desde domingo está rolando um evento de uma semana tocado pela Companhia de Palhaços Sol Sem Dó e ontem, no primeiro andar da Biblioteca do município, rolou mais uma edição do sarau TerrAção, lotado de gente, mais de dez atrações entre circo, música, poesia, performance, quadrinhos, lanche colaborativo, climão. No mesmo espaço, só que embaixo do prédio, um encontro dos afoxés Filhos de Gandhi e Ilê Alá também cheio, couro comendo, muita música e dança, fundamento, uma lindeza só.

E aí hoje cedo teve Cultura Joga nas Onze, tá tendo o tradicionalíssimo Baile Soul na praça, tem daqui a pouco mais uma edição do Varandão Cultural.
Amanhã tem mais coisa, e depois também. E antes que o ano acabe ainda tem um evento de seis do cineclube Mate Com Angu, tem a décima edição da Mostra Ibero-Americana Baixada Animada, ainda tem MoF, Meeting of Favela, maior encontro de grafiti voluntário do mundo, tem Festival Roque Pense, ainda tem evento pra caramba do coletivo FALA (Rap Free Jazz, Rap de Segunda, Morro de Rock, entre outros), ainda tem Tomarock, tem Batalha da Lira, tem Cypher na Praça, tem a heroica e tradicional Semana das Tradições Negras Contemporâneas…

Isso tudo de hoje até meados de dezembro. E essa é uma lista puxada aqui de cabeça e com ênfase das coisas no primeiro distrito que é onde eu mais consigo me deslocar e ficar sabendo. Mas não estão aqui ainda as rodas de capoeiras, as festas de santo, a agenda dos músicos, a galera que trampa artesanato, o teatro, shows de rock nos eventos undergrounds (motoclubes, bar dos Canalhas, Toca do Raul…), as participações da galera daqui em eventos importantes fora da cidade, como é o caso da Capa Comics levando a Gibizeira pro Pier Mauá. Ou a Companhia de Arte Popular levando seus espetáculos por aí. Fora as coisas que a gente não sabe porque é muita informação pra acompanhar.

Tudo tocado por quem sempre deu sangue pra pôr o trabalho na rua.

O cenário é sombrio pra Cultura mas a parada é que nós estamos onde sempre estivemos – e resistiremos. Querer dizer que o investimento em Cultura (e em Educação e Direitos Humanos) quebra financeiramente o Estado é de uma escrotidão máxima numa escala de canalhice.

Nos vemos por aí.

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dia Nacional da Cultura e deixo umas palavrinhas rápidas, daqui da cidade de Duque de Caxias


heraldo hb

. Animador cultural, escritor e produtor audiovisual nascido no século XX. .

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