O samba caxiense perde o genial compositor Ica
Semana passada, dia 15/03/16, a cultura na Baixada Fluminense, em especial Duque de Caxias, viveu momento de grande tristeza com a morte do querido compositor Danuil Miguel, conhecido popularmente como Ica.
Além de um ser humano incrível, o cara era dono de um talento desses grandes. Na seara do samba, possuía aquele dom pra uma linha melódica que só tem mesmo quem é mestre no assunto.
Nascido em 11 de maio de 1944, Ica desde cedo teve ligação com o samba, mas foi o futebol sua primeira paixão, quase chegando a se dedicar profissionalmente ao esporte. Figura queridíssima no Centenário, principalmente na Mangueirinha, onde sua fama é grande como sambista e como uma dessas pessoas que carregam a sabedoria espiritual dos malandros . Respeitado compositor, conceituado em várias escolas de samba e blocos, Ica vem da linhagem da União do Centenário, uma das quatro lendárias agremiações do Carnaval caxiense. É autor do hino da Velha Guarda Musical da Grande Rio.
Comigo levarei suas músicas na mente e a lembrança do carinho que ele sempre teve por mim.
Durante a semana, vamos publicando lá pela Lurdinha, alguns de seus geniais sambas, como uma forma de homenagem a esse baluarte da música e da cultura popular do Rio de Janeiro.
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ARTE DE COMPOR
“Faço samba pra alegrar a minha mente
me sinto todo contente quando começo a compor
O samba nasce de uma forma tão bonita
é uma mensagem quea gita todo o meu interior
Pra quem não sabe
é uma dádiva divina
é uma Luz que ilumina, que funde a cabeça com o coração
A boca liberta o sorriso na alegria de compor
Meu Deus, como te agradeço fizeste de mim mais um compositor
Romântico e poeta, um eterno orador
falando da coisa mais linda que é o Amor…”
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