Indo comprar jornal na Padaria do Fabinho Vascaíno, Olhei para o CIEP Clementina de Jesus, plantado pelo Governo Leonel em cima da nossa única opção de lazer, na Vila São José, o campo dos eucaliptos, e notei que a Biblioteca estava toda pintada. Bonitinha, de fato.O descaso de anos havia chegado ao fim, imaginei, bobo que sou. Me aproximei da porta de vidro e na Biblioteca Vinícius de Moraes, não havia um livro sequer. Espaço deteriorado, tábuas em lugar de janelas de vidro…Maquiagem, enfim.
Lembro de quando queriam nomear a Biblioteca recém inaugurada, no tempo da inesquecível Diretora Nilva, e Kelly Gonçalves. Soube eu que estava acirrada a disputa entre os Poetas Claudio Aragão e Vinícius de Moraes. Desempatei essa disputa votando no boêmio Poeta e Compositor e Diplomata. Ao ser perguntado o porque de eu ter me desclassificado, profetizei que não suportaria um espaço Cultural abandonado com o meu nome. E não deu outra coisa.
Não sei porque tanto ódio, descaso, desprezo pela minha histórica Vila São José, ou Vila Santo Antônio, ou Vila do Tenório.
Em breve, com o peso de meus 22 livros e enorme mídia, receberei alguns deputados estaduais e outros postulantes….
Farei com que assinem papeis com compromissos. Biblioteca tem que ter livros. Computadores pra pesquisas.Encontro de pessoas falando de Cultura e discutindo temas relevantes para seu dia e dia e seu País. Sim. Há uma corrente que teme papos Culturais.Mas eu não sou dessa corrente. Meu degrau é mais acima.
E bom dia Vila São José, Vila histórica, de sangue azul; e nobre.

(C.A.)


Cláudio Aragão

Escritor com mais de 15 livros publicados

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