… De repente 27…

“Assim se passaram 10 anos…” dizia uma canção antiga. Assim se passaram 27, acrescento.
Eu tinha um caderno vermelho em 1976. Ali eu anotava tudo. Ontem lembrei de uma nota: MATAR SAUDADE É LEGITIMA DEFESA.
Enquanto o Caxias Pantanal chegava ao Centro eu olhava da janela o trajeto. Reta do Bicão, Gramacho, curva da morte ( antiga curva do Assis), Paredão, Corte Oito… Fortaleza do Dr. Tenório… Ponto final. Subir a passarela que vai dar na antiga Rua Etelvina, onde era o Cine Brasil, onde aprendi Kung Fu com mestre Wang Yu, virar a esquerda… Seguir como quem vai pro SASE. Não ir pro SASE. Virar de novo à esquerda. Comprar o bilhete. Entrar no Teatro do SESI. Em busca de oxigênio.
Há 27 anos atrás um grupo de jovens fundou a Cia De Arte Popular. E tiraram leite de pedra. Enfrentaram os Hunos. Conquistaram a terra hostil chamada Baixada Fluminense com a ARTE TEATRAL.
Ontem comemoraram esta saga com um teatro de 500 lugares lotado. Suas andanças. De como venceram o dragão do mal que não gosta de Educação pro povo.
Ediélio Mendonça, o grande Mestre desta empreitada, estava lá. Bonezinho e majestade. Subiu ao palco e se emocionou. Duque de Caxias nas alturas.
Cesario Candhi, Eve Penha, Nancy Calixto, Pedro Lages, Beto Gaspari. Francisco Farnum. Direção e Dramaturgia de Vinícius Baião.
Sim… Legitima defesa. ( C.A.)