Museu Vivo do São Bento é referência para outros municípios da Baixada
Deu no Extra:
Viajar de volta ao passado já é possível em Duque de Caxias. Para isso, basta um passeio no primeiro museu de percurso da Baixada Fluminense: o Museu Vivo do São Bento. O espaço foi inaugurado no segundo semestre do ano passado e até o final de 2012 será transformado num complexo turístico, com direito a um mirante e passeios, de até três horas, por patrimônios históricos e culturais, situados no bairro do São Bento.
De acordo com o representante e guia do museu, Fábio Silva, de 28 anos, o modelo de museu de percurso está chamando a atenção de outros municípios da Baixada:
— O Museu Vivo do São Bento está virando modelo para outros municípios da Baixada — destacou ele.
O bairro é um dos mais antigos de Caxias e, segundo historiadores, foi habitado por várias tribos indígenas no período do descobrimento. Foi nesta área de 15 hectares, que pesquisadores caxienses descobriram um dos maiores sítios arqueológicos da Baixada. O sambaqui do São Bento é composto de restos de alimentos (conchas), humanos (esqueletos) e cerâmica. Há também utensílios indígenas e africanos. O Museu do São Bento possui cinco prédios e uma área de vegetação ainda preservada.
Para Fábio, o espaço é um importante instrumento de preservação do patrimônio de toda a Baixada:
— Trata-se de um ecomuseu. No decorrer do trajeto, o caminho revela histórias de Caxias, da Baixada e, consequentemente, do Rio de Janeiro. É um ecomuseu porque fica situado na Área de Preservação Ambiental do São Bento, que ajuda muito na preservação do local.
Um acervo de muitas histórias
O acervo do Museu Vivo do São Bento conta com mais de mil peças, entre elas livros, móveis, esculturas, quadros, peças de cerâmica, fotos e outros objetos de várias épocas histórias, desde o descobrimento até hoje. Muitas peças de exposição foram doadas por colecionadores, artistas locais e vários pesquisadores.
O principal objetivo do lugar é a difusão do conhecimento. Por isso, a prefeitura decidiu oferecer oficinas de artesanato, palestras e outras atividades culturais que ajudem a compreensão e a cooperação da população.
— A principal questão aqui é a participação da comunidade, para que elas tomem conhecimento da história do município. Queremos inserir a população no museu e gerar rendas para os moradores do bairro. Aqui oferecemos produção de bolsas — destacou um dos guias Flávio Silva.
O museu funciona de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h. A entrada é gratuita e as visitas podem durar de uma a três horas. Aos sábados, há aulas de capoeira. O agendamento de grupos deve ser feito através do telefone: 2653-7681.