O título, por mais indutivo que possa parecer, não se refere aos vários espaços de religiosidade de nossa cidade. Ele se remete às visitas promovidas por ativistas culturais das décadas de 70 e 80, entre eles Barboza Leite e Beto Cavaco; pelos historiadores que estudam a cidade, principalmente Antonio Augusto e Marlucia Santos de Souza; e, vez ou outra, pela Secretaria Municipal de Cultura.

Um dos “caminhos” é composto por seis Igrejas. As duas primeiras são a de Nossa Senhora do Pilar, com construção em estilo barroco e a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor, com estilo mais simples e que compõe o conjunto arquitetônico da Fazenda São Bento. Ambas são tombadas pelo IPHAN e foram importantíssimas para a ocupação da Baixada Fluminense.

Em Xerém este caminho é percorrido em duas igrejas: a de Santa Rita da Posse, conhecida por Igreja Velha, sem data precisa de sua construção e a de Nossa Senhora das Graças, construída em 1947 e que fazia parte do projeto de construção da FNM. A primeira, uma belíssima construção em pedra e cal encontra-se em ruínas e a segunda, localizada no alto de um morro, possui uma privilegiada vista de toda a região ao pé da serra.

No primeiro distrito de Duque de Caxias temos a Igreja de Santa Teresinha, com construção iniciada no século XVII. Era chamada de São João Batista de Trairaponga e teve seu orago transferido para São João que passou a denominar-se Igreja de São João Batista de Meriti. A de Santo Antonio foi construída na década de 50 e em 1981 tornou-se a Igreja Matriz da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti. Na visita à Diocese são destacadas a as lutas sociais ocorridas na cidade as quais ela foi protagonista.

Entre 2005 e 2007 o poder público retomou os “caminhos”, mas, por falta de interesse, foi abandonado. As Igrejas estão relacionados numa lista de 42 bens históricos que precisam se tombados pelo poder público municipal e estão arroladas no Plano Diretor de Duque de Caxias.

Igreja Nossa Senhora do Pilar, de pé desde 1720

contato: alxmarques@ig.com.br

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Alexandre Marques

Alexandre Marques é professor de História. Contato: alxmarques@ig.com.br

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2 thoughts on “Caminhos da Fé em Duque de Caxias

  1. É lamentável ver as Igrejas construídas nos séculos XV e XVI serem completamente abandonadas pelo poder público. Sou catequista da Paróquia São Bento e missionário na comunidade Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor e vejo que ainda existem pessoas que visitam essa bela arquitetura e procuram saber mais sobre essa história. Pena que seja divulgado e não existam placas informativas para colocar esse local como um importante ponto turístico e cultural da cidade de Duque de Caxias.

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