Audiência Pública sobre Escola Sem Partido em Caxias – uma aberração
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“Recua, recua! É o poder popular que está na rua”.
Ontem aconteceu uma aberração em forma de audiência pública. Pra começar, o nome da vereadora que convocou é “Deise do Marcelo do Seu Dino”. O Marcelo do Seu Dino, ex vereador e ex candidato a vice prefeito na chapa do Áureo, também estava presente e fez memória de um grupo de Estudos que aconteceu em 2015 na E. M. Barro Branco, com a presença do Dep. Federal Jean Wyllys, para tratar da questão de gênero e diversidade. Naquele ano a Câmara retirou do PME toda a referência a gênero, numa das sessões mais vergonhosas que eu tinha visto até então, mas não adiantou de nada, pois os PCNs e o STF garantem que a discussão ocorra. Ele reclamou que era o único vereador presente e não foi chamado para compor a mesa, mas na época ele teve direito a fala. Lá não era um debate, era um GE, diferente da Audiência Pública em que o contraditório deveria ser garantido mas só eles falaram, com exceção da Promotora Dra. Elayne, que, segundo relatos (eu não cheguei a presenciar a fala), trouxe dados jurídicos embasados e se colocou contra o projeto, mas se retirou quando viu que aquilo era um circo e que os defensores não haviam tido o mesmo zelo de debater com dados, e sim com suas próprias convicções.
O projeto já nasce morto. Ele já foi retirado de pauta no senado pelo seu proponente, e nas Câmaras de Vereadores em que foi aprovado, a Justiça derrubou por conta da inconstitucionalidade. O próprio nome é tendencioso. Ninguém defende uma escola com partido, mas não existe neutralidade ideológica. Por trás do movimento mesmo existe o ataque à esquerda e a defesa de uma candidatura, como mostrou ao final os proponentes, gritando “Uh, é Bolsonaro”. Todos os defensores do Escola Sem partido têm partido, sobretudo o MBL, que foi financiado pelo Temer, PSDB e outros para puxar protestos em favor do golpe, elegeram vereador em São Paulo e ficam caladinhos e tentando desviar o foco do povo brasileiro diante de tanta corrupção e retirada de direitos.
Não nos calarão!