Nestas tardes de escândalos fico eu pensando
se não há maneira mais criativa de criticar

do que ficar balbuciando
o que a imoral calhorda de minha cidade vive a aprontando?
Ai vai. Havia uma quadrilha no período de D. João VI que dizia:

… “Quem furta pouco é ladrão,/
quem furta muito é barão,/
quem mais furta e mais esconde/
passa de barão a visconde”.

Fico imaginando sua adequação para os dias de hoje:

“Quem furta pouco é assessor,/
quem furta muito é vereador,/
quem mais furta é o dissimulador/
passa de prefeito para governador”.

Então, pergunto eu: Se Rufolo, Bella Vista, Locanty e Delta são parceiras e amigas de assessores, vereadores, prefeitos e governador, o que resta ao povo?

Respondo com outra quadrilha do período de nosso ilustre príncipe, D. João VI:

“Furta Loncanty no Paço/
o prefeito e o presidente da câmara rouba no Erário/
E o povo aflito carrega/
Pesada cruz ao Calvário”.

Meus amigos… trocadilhos de ontem e de hoje!

Ps.: Significado de Quadrilha
s.f. Dança do fim do séc. XVIII, executada por um número par de casais.
Peça musical própria para esse tipo de coreografia.
Horda de criminosos que obedecem a um chefe e cujo objetivo é o crime.

 


Eduardo Prates

Professor, cientista político, cidadão do mundo, flamenguista, imperiano, sujeito que acredita na auto-determinação dos povos para a construção de um mundo melhor.

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