Milton Gonçalves, o ativista das causas da cor preta!
Quero resgatar aqui o griot, o irmão que marchou com nosso povo na Marcha Contra a “Farsa da Abolição, Nada Mudou Vamos Mudar”, em 11 de maio de 1988, no Rio de Janeiro. Foi aí que o conheci pessoalmente, dialogando sempre, colocando seu corpo de resistência, também no enfrentamento as forças opressoras. Novamente e sempre em vários outros cenários de lutas contra o racismo estrutural, pelos nossos corpos negros e negras.
Presença marcante também nas plenárias, encontros em defesa das artes populares, urbanas e periféricas. Presença marcante, na sua voz, para com diálogos estabelecer um lugar ideal, de harmonia, fundamentada em leis justas, em instituições que promovam acesso político-econômico que promovam o bem-estar da coletividade.
Em 1995, enquanto conselheira do CEDIM, eleita pelo Fórum de Mulheres da Baixada Fluminense, organizamos o “Tricentenário da República de Palmares”, a exposição “A Mulher Negra”. Quando ele me encontrava dizia que eu parecia com a filha dele, só não sei com qual delas, Catarina ou a Alda. Força Negra para a Família e Amigues. Atuando agora no Orun.
Àsé. Adupé!