É sério, mas vai passar – sobre a covid e outra doença letal do momento
A vizinha de uma amiga faleceu hoje. Morreu em casa, em Duque de Caxias.
Contou-me ela que há dois dias a vizinha havia acessado o app do Ministério da Saúde sobre o corona vírus e chegou a realizar uma videochamada com um médico. Não foi ao hospital. Não fizeram o teste. Não tinha 40 anos, ou seja, era jovem. A ambulância também não veio buscar, veio logo a funerária e levaram direto pro Tanque do Anil. Cenas de terror.
Como se não bastasse essa situação tensa, dentre os populares haviam muitos bolsomimions e evangélicos fanáticos para dizer que a causa da morte não era covid coisa nenhuma, que a “covid é mentira para acabar com o presidente”.
Deu-me um misto de sensações quando ela me contava isso, que nem consigo explicar. É uma situação local que escancara a realidade do Brasil atual. Duque de Caxias é a cidade da Baixada com mais mortes. Isso usando números oficiais. Ou seja, imagina a situação de cidades menores. E agora imagina quando a gente pensa o tamanho do Brasil. Quantas pessoas morreram sem realizar os testes e não entraram nas estatísticas? Quantas pessoas morreram e fanáticos brigaram para que não fosse colocado no atestado de óbito que a causa era a covid-19, para não prejudicar o Bolsonaro, tal como tentaram fazer com a moradora da Taquara, o primeiro caso de óbito por covid na cidade? É surreal! As pessoas estão perdendo conhecidos, vizinhos e até parentes, mas estão preocupados com a reputação do Bolsonaro. Números estão sendo mascarados para justificar suas terias absurdas de que o vírus no Brasil é menos letal, porque aqui faz calor, etc, etc.
A covid-19 é muito séria, mas como toda epidemia, vai passar. E para que ela impacte o menos possível em nossas vidas, fiquem em casa! A vacina há de chegar. Contudo, o bolsonarismo (Bolsonaro+Fasc