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“A capital dos mortos” é filme feito na raça!

Essa semana um post do perfil do filme “O som ao redor” me clareou a mente sobre a questão do que pertence ao quê.
O fato é que o diretor do filme fez uma declaração tão honesta e lúcida (post do facebook), que pode parecer esdrúxula ao ponto de não render nem uma linha nos periódicos “de plantão”.  Claro, os periódicos de plantão nem sempre procuram o que não querem encontrar…

E não é que fuçando a gente achou o dito cujo do filme em torrent:

O som ao redor torrent!

Quem ai se lembra em quantas salas comerciais esse filme ficou em cartaz? Lembro de ter lido que o filme teve a maior média de público do fim de semana de sua estréia, mas em número proporcionais, pois “O som ao redor” tinha seis cópias para exibição e em números absolutos ganhava um block buster qualquer. Sem ofender quem gosta de Hollywood, o lance é que eles dominam nossos cinemas, matando a possibilidade dele sobreviver sem a surreal lei de incentivos que temos. Tipo, sem pires na mão não se faz cinema no brasil (com o agravante de quem consegue o dinheiro é quem sempre conseguiu)!

Sei que pra alguns soa esquisito pedir compartilhamento de alguns filmes, já que são obras feitas na raça, onde o pequeno lucro que um realizador pode ter é fundamental pra continuidade de seu trabalho. Mas ta na hora de pensar que compartilhamento não é prejuízo, já que as salas de cinema não são nossas de verdade, pertencem aos grandes conglomerados estrangeiros.

Enquanto isso, quem tem o pires maior leva a maior quantidade de dinheiro. Olha como é engraçado: o estado investe em um filme através de isenção de impostos (com critérios que desconhecemos + a pontuação da ancine [?] e sabe-se lá mais o que) e o filme ainda goza de direitos de autor, considerando ilegal a cópia. Incrível. E tem diretor/produtor que é grande, tá no topo da lista dessas “concessões” e não ta nem um pouco afim de que as coisas mudem.

Enfim, acredito na distribuição (tudo que tenho de autoral sempre esteve disponível em rede) e vejo que hoje quem cria está percebendo, por fora do mercado antiquado e moribundo, que o compartilhamento pode ser outra maneira de ganhar com seu trabalho.

Olha o exemplo da galera do Porta dos fundos. Acharam uma maneira de pagar à todos que trabalham no projeto e tirar um retorno…. Tipo porrada seca na boca do estômago dos moribundos do copyryght e do pires grandão.

Fica ai a definição de Peer-to-peer pra gente continuar o papo em outras esferas…

http://pt.wikipedia.org/wiki/Peer-to-peer

Abraços compartilhados!


Márcio Bertoni

Estudante de Geografia, video maker e comunicador.

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